Os salgadinhos, àqueles tidos como deliciosos,
crocantes e saborizados, consumidos no dia a dia por muitas pessoas e por vezes
substituindo até mesmo refeições, as suas embalagens são consideradas como um
dos materiais mais desafiadores para reciclagem, devido sua complexa composição
de Plástico PP (Polipropileno Biorientado) simbolizado pelo número 5, impresso
identificado atrás das respectivas embalagens.
Ocorre que na maioria dessas embalagens existe uma
alta concentração do BOPP (biaxial
oriented polypropylene ou,
melhor dizendo, película de polipropileno biorientada), e alumínio, tornando o processo químico complexo,
oneroso e pouco reaproveitável. A camada deste alumínio presente, dificulta o
processo de reciclagem, pois não pode ser separado facilmente, agravando-se com
a baixa demanda e infraestrutura limitada para reciclar o BOPP (biaxial oriented polypropylene), poucas empresas de reciclagem possuem tecnologia para seu
reaproveitamento.
Apesar de reconhecermos que o BOPP Laminado oferece
alta resistência e durabilidade, garantindo a proteção adequada do conteúdo
embalado e possuindo excelente barreira contra umidade, gases, odores e calor,
preservando assim a qualidade do produto. Entretanto, atualmente, quando
abordamos a questão ambiental, notamos que os impactos dos plásticos são
significativamente negativos. O plástico BOPP, leva mais de 100 anos para se
decompor. Dessa forma, faz-se necessário refletirmos, pois você dificilmente
viverá para ver o pacotinho do seu salgadinho decompor-se.
É evidente que necessitamos de avanço em estudos e
tecnologias para a produção de embalagens mais fáceis de serem recicladas.
Essa empresa vem fazendo um serviço pioneiro e
extraordinário com treinamento, visitas às cooperativas e aparistas para
incentivar sua comercialização com o intuito de entender suas necessidades, ela
também faz doação de máquinas para cooperativas de reciclagem que reciclarem
suas embalagens, e produzirem outros produtos, como as telhas ecológicas. Com
inúmeros treinamentos e em alguns momentos bancando o custo de transporte
desses materiais até as respectivas recicladoras.
É um começo
tímido e que necessita de olhares mais comprometidos envolvendo conscientização
dos fabricantes e consumidores.
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